sábado, 26 de agosto de 2017

Cristino Marra da Silva

  Filho de Jacó Marra da Silva e de dona Narcisa Rodrigues da Silva Rosa. Temos que fazer esta distinção pois há mais pessoas na família Marra com o mesmo nome.
Cristino Marra da Silva foi casado com Filomena Alves de Queirós, eram moradores em Itatiaiuçu MG, foram os pais de :
- Narcisa Antônia da Silva Marra, casada com José Pereira Cardoso ( inventário aberto em Itatiaiuçu em 11/06/1880), eles deixaram 13 filhos :

 - Silvério Pereira Cardoso, cc. Emerenciana Maria de Jesus, f. de João Silva Pimenta e Emerenciana Maria de Jesus.
- Emídio Pereira Cardoso, n. Itatiaiuçu, f. 1897, com 60 anos, na Fazenda da Pedra, Itatiaiuçu, c. 1861, Rio do Peixe, MG, Francisca Cândida Resende, com 2 filhos já casados em 1897.
- Antônio Pereira Cardoso, cc. Maria Cândida Jesus.
- José Pereira Cardoso Júnior, f. antes de 1902, cc. Felisberta Joaquina de Jesus, c.ger.
- Manuel Pereira Cardoso (ou Manuel Pereira da Silva), solteiro em 1880, com 30 anos; em 1903 estava ausente, em lugar não sabido; mais tarde residiu em Medeiros, Itatiaiuçu.
- Cristino Pereira Cardoso, c. 1859, Santana, aos 19 anos, com Maria Esméria Silva Marra, de 18 anos, f. de Manuel Marra da Silva e Ana Oliveira. Em 1903 ele era viúvo e residia no Município e Comarca de Patos, MG.
- Maria Eufrásia Marra, cc. Manuel Alves da Cunha. Ela faleceu, já viúva, em 1892, na Pedra, Itatiaiuçu, com 70 anos, deixando uma filha.
- Luísa Marra da Silva, cc. José Queiroz Ferreira, f. 1894, nas "Porteiras", aos 65 anos, com tiro de arma de fogo, f. de Joquim Queiroz Ferreira e Maria Páscoa Jesus.
- Ana Firmina Jesus, f. 1902, na "Estiva" (em Tertuliano Pereira Fonseca), cc. Manoel da Silva Pimenta, f. 1895, Itatiaiuçu, f. de João da Silva Pimenta e Emerenciana Maria de Jesus.
- Alexandrina Marra da Silva, c. 1ª vez, com Antônio Esteves Gaia, f. do Guarda-Mor José Esteves Gaia e Ana Antônia de Faria e, enviuvando, c. 2ª vez, com Francisco Rodrigues da Silva.
- Joaquim Pereira Cardoso, f. 1892, na Pedra, em Itatiaiuçu, aos 47 anos, "de febre", deixando a viúva grávida, c. 1ª vez, com Narcisa Joaquina de Queiroz, f. de Joaquim Ramos de Queiroz, com 5 filhos e, 2ª vez, com Joaquina Cândida Jesus, f. de Martinho Alves Cunha e Claudina Cândida Faria.
- Flausino Faustino Pereira, f. 1875, cc. Custódia Petronilha da Conceição, f. do Ten. Cel. Manoel Antônio Fonseca e Ludovina Maria Jesus, com 11 filhos.
- Carolina Marra da Silva, f. antes de 1872, cc. Joaquim Marra Santana, já f. 1889, Rio Pardo, deixando 4 filhos.  fonte: http://www.genealogiabrasileira.com/cantagalo/cantagalo



Faustina Marra da Silva

  Filha de Jacó Marra da Silva e de dona Narcisa Rodrigues da Silva Rosa. Faustina nasceu e foi batizada em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto. Casou-se com o Capitão Manoel Rodrigues Braga. Moravam na Fazenda Jacuba, município de Carmo do Cajuru. Ela faleceu em 12/08/1852, deixando 10 filhos:
- Manoel Rodrigues Braga
- Maria Jacinta da Silva ( ou da Silva Braga )
- Luís Rodrigues Braga
- Jacó Rodrigues Braga
- Ana Cândida da Silva Braga
- Domingos Rodrigues Braga ( em 1852 já havia morrido, nasceu por volta de 1807 )
- João Rodrigues Braga ( em 1852 já havia falecido, nasceu por volta de 1808 )
- José Rodrigues Braga
- Narcisa Rodrigues da Silva Braga
- Antonio Rodrigues da Silva Braga
 Como percebe-se nenhum dos seus filhos levou o sobrenome "Marra" .


Joaquim Marra da Silva

  Filho de Jacó Marra da Silva e de dona Narcisa Rodrigues da Silva Rosa. Tinha 43 anos de idade em 1815, tendo nascido então por volta de 1772, em 1815 estava solteiro e não tem-se conhecimento que tenha deixado descendentes.

Policárpia Marra da Silva

Filha de Jacó Marra da Silva e de dona Narcisa Rodrigues da Silva Rosa. Casada com Francisco Alves Filgueiras, eles residiam em Cantagalo estado do Rio de Janeiro, ela faleceu provavelmente em 1805. No livro "Genealogia de Carmo do Cajuru" do Professor Oswaldo Diomar, figuram 4 filhos do casal:
- Francisco Marra da Silva
- Manoel Marra da Silva
- Paulo Marra da Silva
- Jerônimo Marra da Silva
Estes mesmos nomes figuram em outras fontes como filhos do Jacó Marra da Silva, talvez o que possa ocorrer é que figuram como herdeiros da parte de sua mãe na herança  ( inventário ) deixada pelo Jacó Marra da Silva
e na página do genealogista Lênio Luiz Richa ( http://www.genealogiabrasileira.com/cantagalo/cantagalo_alvfilg.htm ) figuram os seguintes filhos da Policárpia Marra da Silva:

Paula Álvares de São Pedro Filgueiras
João Damasceno Álvares Filgueiras
Francisco Álvares Filgueiras Moço
 Manuel Filgueiras
Francisco Álvares Filgueiras Marra ou Filho

fontes: Diomar, Oswaldo - Genealogia de Carmo do Cajuru, 2004
http://www.genealogiabrasileira.com




quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Martinho Marra da Silva

  Alferes Martinho Marra da Silva, nasceu provavelmente em 1770, casou-se com Ana Esméria da Silveira antes de 1801. Ele faleceu em Santana do São João Acima, atual Itaúna, em 19/05/1835. Há referência de que sua fazenda ficava nos Cunhas, atual Bom Jesus de Angicos, município de Carmo do Cajuru, porém uma outra referência feito pelo Bispo de Mariana, Dom Frei da Santíssima Trindade, em 1831, pode dar uma pista de onde era a fazenda do alferes Martinho Marra: "...Esta freguesia é de pequena população, a que se pode acomodar, desmembrando da aplicação de Santana do Rio São João Acima, pelos limites e serras que dividem as fazendas de Martinho Marra da Silva em São João, as do Capão Escuro, Marimbondos, Rapariga ( Amoras ) e Cajuru até confrontar com os limites da aplicação de São Gonçalo". Ora, no município de Carmo do Cajuru há um local denominado Capão Escuro, para os lados do Monte Santo ( antigo Empanturrado ) e Santo Antonio da Serra ( antiga Jacuba ), onde possivelmente localizava-se a fazendo do seu pai Jacó Marra da Silva. Por esta referência percebe-se que suas terras deveriam estar em parte no município de Carmo do Cajuru e em parte no município de Itaúna. Martinho Marra da Silva submeteu-se a um procedimento cirúrgico em 1811, na vila de Itatiaiuçu, conforme documentos existentes. Apesar de toda precariedade e riscos daqueles tempos, ele sobreviveu a intervenção cirúrgica, pois viveu ainda muitos anos após a cirurgia. Martinho Marra da Silva foi pai de 14 filhos, a saber:

- Júlia Marra da Silva, casada com o alferes Manoel Batista Leite
- Narcisa Marra da Silva, casada com Mariano Nogueira Duarte
- Jacó Marra da Silva, casado com Purcina Nogueira Penido
- Martinho Marra da Silva, casado com Teresa Delfina de Faria ( ou Batista Leite )
- Joaquina Marra da Silva, casada com Joaquim Gonçalves de Vasconcelos, ela faleceu em 1860
- Manoel Marra da Silva, casado com Ana Maria da Anunciação
- Clementina Marra da Silva, casada com João Rodrigues Braga
- Alexandre Marra da Silva, casado com Maria Alexandrina da Silva
- Joaquim Marra da Silva, casado com Júlia Leite de Faria
- Maria Cassiana Marra, 12 anos de idade em 1835
- Ana Esméria da Silva Marra, casada com  Joaquim José de Oliveira
- Antônio Marra da Silva, casado com Maria Flávia do Espírito Santo
- João Marra da Silva, casado com Francisca Teixeira do Amaral
- Francisca Marra da Silva, filha natural, branca, nascida por volta de 1800 casada com Vicente Ferreira Pinto, moravam na Fazenda Boa Vista, Conquista, atual Itaguara, faleceu em 1846 deixando vários filhos.

Abaixo fragmentos dos documentos sobre a cirurgia e sangria a que submeteu-se o alferes Martinho Marra da Silva


Fontes: Diomar, Oswaldo, Genealogia de Carmo do Cajuru, 2004, Primeira Edição
http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1436001_1448077/mss1446072.pdf
https://historiografiaparacatalao.blogspot.com.br

sábado, 1 de julho de 2017

Jacó Marra da Silva ( I I )

  Como dissemos na postagem anterior, Jacó Marra da Silva foi o primeiro com o sobrenome, que se tem conhecimento, vindo para a região centro oeste de Minas. Mas onde instalou-se com sua familia? Onde ficavam suas terras?
   Ao que tudo indica, as terras para as quais ele veio, juntamente com sua familia, poderiam pertencer ao seu sogro o capitão Manoel de Medeiros Rosa, ou seja, falecido o capitão ( em 1759 o Capitão  já havia falecido ) as terras foram divididas entre sua esposa e suas filhas. O sogro de Jacó Marra da Silva adquiriu a sesmaria do Marimbondo em 18/10/1755, segue um trecho do documento "... por sua petição o Capitão Manoel de Medeiros Rosa e sua mulher dona Faustina Rodrigues da Silva, que eles compraram a Domingos Fernandes Lanhoso por novecentos mil réis dois sítios como constam do registro de venda que me apresentaram, por um sítio nas cabeceiras do rio São João com vários capões de mato pertencentes ao mesmo sítio, com seus ranchos e paiol cobertos de capim, e árvores de espinho, e bananal e pela parte do sul partia com terras e campos de Manoel Antonio, do poente com as do Capitão Francisco Araújo de Sá e com as de Francisco Rodrigues Guimarães... , e outro sítio nas vertentes do rio Pará e com todos os seus pertences e divide pela parte do sul com terras do dito Manoel Francisco Simeão e com as dos ditos sítios contíguos por um ao outro ... se achavam cultivados, e teriam de compreender de terra tres léguas pouco mais ou menos, os compraram os suplicantes para neles lançarem gado de criação, que é o seu principal intento, por ser a dita paragem muito cômoda para isso, e viver os suplicantes há mais de trinta anos deste negócio de criação de gado ..."
Pois bem, o primeiro sítio que compraram ia do rio São João até a Jacuba, o outro é parte do que hoje conhecemos como Marimbondo ( município de Carmo do Cajuru ). Possivelmente as terras para as quais Jacó Marra da Silva veio com sua familia, foi referente a parte desse "sítio" que ia até a Jacuba, pois em 1775 entrou na justiça contra "Manoel Gomes Pereira sobre terras da Jacuba e Empanturrado..." 
Abaixo inserimos dois mapas onde pode-se visualizar a possível localização das terras do Jacó Marra, e a proximidade com vários outras localidades, o que possibilitou e facilitou a expansão da familia pela região.


                                                                Fragmentos do inventário de Jacó Marra da Silva 
                                                                              que encontra-se em Pitangui MG.

                                                                  Fotos do inventário cedidas.

Referência bibliográfica: Diomar, Oswaldo - História de Carmo do Cajuru ( 1747 a 2000 ) - 2ºEdição - 

sábado, 20 de maio de 2017

Jacó Marra da Silva

  Conforme pesquisas do professor Oswaldo Diomar, o Ajudante Jacó Marra da Silva chegou na região de Carmo do Cajuru por volta de 1775 pois nesse ano "...entrou na justiça contra Manoel Gomes Pereira sobre terras da Jacuba e Empanturrado..." ( Oswaldo Diomar - História de Carmo do Cajuru ( 1747 - 2000 ) 2º Edição ).  Ele era casado com Narcisa Rodrigues da Silva Rosa, ela era filha do Capitão Manoel de Medeiros Rosa e de Faustina Rodrigues da Silva. Parece-nos que Jacó Marra da Silva, o primeiro com este sobrenome na região, veio de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto,com a familia, para a herança que sua esposa havia recebido com o falecimento do pai, é uma hipótese. Ele é citado, por exemplo, no testamento ( feito em 1803 ) do Capitão José Teixeira Ribeiro:
"Declaro que fui c.c. dona Isabel Felícia da Silva, de cujo matrimônio tive duas filhas por nome Maria e Joaquina, que ao presente se acham ainda solteiras em casa do ajudante Jacob Marra, seu tio;"resgatedahistorya.blogspot.com.br ) de fato a esposa do Capitão era irmã da esposa do Jacó Marra da Silva. Ele é citado em um processo contra o português José da Cunha Ribeiro que havia comprado terras em Cajuru e não conseguiu paga´-las, Jacó Marra da Silva e o alferes Joaquim Soares Braga foram fiadores do José da Cunha Ribeiro, o processo foi aberto em Pitangui em 1811. 
Existe também um fragmento de um documento sobre carta enviada a Manuel Joaquim Pereira Coutinho sobre dízimos de Tamanduá e Vila de Pitangui datada de 04/03/1790 onde figura seu nome:
Arquivo Público Mineiro - Secretaria de Governo da Capitania

Jacó Marra da Silva faleceu provavelmente em 1815. De acordo com informações conseguidas com o genealogista Lênio Luiz Richa, ele era natural de Chaves, arcebispado de Braga, Portugal, mas não conseguimos confirmar, também nao conseguimos a data de seu nascimento, quando veio para o Brasil e nem quem eram seus pais e se tinha irmãos.
O professor Oswaldo Diomar em seu livro "Genealogia de Carmo do Cajuru" lista os seguintes filhos de Jacó Marra da Silva e Narcisa Rodrigues da Silva Rosa:
- Martinho Marra da Silva, casado com Ana Esméria da Silveira
- Cristino Marra da Silva, casado com Filomena Alves de Queirós
- Faustina Marra da Silva, casada com o Capitão Manoel Rodrigues Braga
- Joaquim Marra da Silva, solteiro
- Policárpia Marra da Silva, casada com Francisco Alves Filgueiras, estabeleceram-se na região de Cantagalo RJ conforme o Lênio Luiz Richa ( http://www.genealogiabrasileira.com/cantagalo/cantagalo_marra.htm ), ele diz  que no inventário do Jacó Marra da Silva consta ainda os seguintes filhos que, curiosamente, não constam no livro do professor Oswaldo Diomar:
- Francisco Marra da Silva, 16 anos de idade em 1815
- Manoel Marra da Silva, 15 anos de idade em 1815
- Paulo Marra da Silva, 13 anos de idade em 1815
- Jerônimo Marra da Silva, 10 anos de idade em 1815

Estas são, por enquanto, as informações que conseguimos daquele que foi o primeiro "Marra"que se tem conhecimento a estabelecer-se na região de Carmo do Cajuru. Seus descendentes espalharam-se por Itaúna, Carmo do Cajuru, Itatiaiuçu, Divinópolis, Cláudio, Itaguara e várias outras cidades. Em uma próxima publicação trataremos dos filhos do Jacó Marra da Silva.


sexta-feira, 19 de maio de 2017

"Marra", da Itália para o mundo ( II )

  Diz o ilustre professor Oswaldo Diomar ( in memorian ) em sua obra "Genealogia de Carmo do Cajuru (2004 ), sobre o "Marra", "...Família... italiana, mais precisamente de Nápoles, que passou a Portugal no reinado de D.Manoel I ( 1495 - 1521 )" ( Enciclopédia Nova Barsa 1996 ) e continua :"...Andrea Marra (André Marra), excelente violinista e compositor italiano, natural de Nápoles, foi para Lisboa, contratado para o serviço da Câmara e Capela Real, no tempo de D.José I ( 1714 - 1777 ), rei de Portugal a partir de 1750 ". ( Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira ). De Andrea Marra ( André Marra ) conseguimos a cópia de um documento referente ao pagamento de músicos, em que figura seu nome:                                                                                                                           
 
Sabemos também que  participou da Irmandade da Gloriosa Virgem e Mártir Santa Cecília, pois consta seu nome na fundação da mesma ( ou re-fundação ) de 19/02/1750.
  Bom, de Portugal vieram membros da família Marra para o Brasil, e não só de Portugal, diretamente da Itália e de outras partes do mundo também, basta pesquisar em listas de navios de seculo XIX que aportaram com imigrantes no Brasil.
Na região centro oeste de Minas Gerais o primeiro Marra foi Jacó Marra da Silva, que figura como "Ajudante", cargo que ainda não conseguimos esclarecer. Ele chegou na região de Carmo do Cajuru por volta de 1775, ano em que há documentos comprovando sua presença. Jacó Marra da Silva foi casado com Narcisa Rodrigues da Silva Rosa ( filha do capitão Manoel de Medeiros Rosa e de d. Faustina Rodrigues da Silva ), parece-nos que residiam em Cachoeira do Campo, município de Ouro Preto e de lá vieram para a região de Carmo do Cajuru. O genealogista Lenio Luis Richa informou-nos que Jacó Marra da Silva era natural de Chaves, arcebispado de Braga, Portugal. O professor Oswaldo disse-nos que seu inventário estava em Pitangui, em mau estado de conservação e que não era possível manuseá-lo e que seu testamento não foi encontrado. Em várias pesquisas, até o momento, não conseguimos encontrar informações sobre ele tais como nascimento, casamento.
Em uma próxima postagem trataremos sobre Jacó Marra da Silva, referencias a ele e seus filhos.

"Marra", da Itália para o mundo ( I )

  Em minhas postagens anteriores tratei da origem do sobrenome Marra e da sua antiguidade na região da Itália. Da Itália o sobrenome espalhou-se para outras regiões da Europa. É comum encontrá-lo na França, por exemplo, na Alemanha, na Inglaterra, Espanha, Portugal. 
Para ilustrar o que dizemos, veja estas imagens de memoriais de vitimas de guerra e outros, na França onde aparece pessoas com o sobrenome Marra:
Cemiterio Militar Soupir - Aisne França

monumento a vitimados pela guerra. França


monumento a vitimas de guerra, França
 E para  constatar que o sobrenome espalhou-se pelo globo basta ver esta imagem o site forebears.io/pt/surnames/marra 

sábado, 13 de maio de 2017

Ainda sobre o sobrenome "Marra"

  Conforme expus em minha primeira postagem, o sobrenome "Marra" encontra-se, em alguns textos que circulam, envolto desnecessariamente em  dúvidas quanto a sua origem. O fato é que o sobrenome originou-se na região de Nápoles, na Itália. O "Marra" é uma evolução do "della Marra", que por sua vez vem do "De la Mare", dos antigos normandos que fixaram-se no sul da Itália. Há de ter-se em conta que a língua, a ortografia e o próprio sentido das palavras sofrem mudanças no decorrer do tempo.
  Também é fato que a antiguidade desse sobrenome na Itália pode ser verificada em documentos e crônicas de época, que fazem referência, por exemplo, a Niccolo Marra, senhor de Barletta, morto em um massacre no ano de 1381, a Angelo della Marra, juiz da Calabria, morto em 1283, a Giozzolino della Marra, conselheiro do rei da Sicília que faleceu entre 1277 e 1283, a Robert della Marra em 1140. Evidentemente esses antigos documentos fazem referência a nobres, proprietários de terras, pessoas que ocupavam altos cargos,etc. O trabalhador, o pobre, o de poucas posses ficavam no anonimato. Existem ainda os solares e palácios ( palazzo della Marra ) existentes que levam o nome da família de seus antigos moradores. Há ainda os brasões de família, e aqui uma ressalva porque os brasões mudavam conforme o lugar e a época para a mesma família.
  Nossa intenção aqui não é mostrar a "nobreza" dessa ou daquela família, mas apenas indicar suas origens. Em nosso Brasil é desnecessário recorrer a "brasões" e a façanhas dos "nobres" na Europa ou em qualquer outra parte, estamos em um país que acolheu pessoas de todos os lugares e de todas as raças. Mas vale a informação pela curiosidade de saber de onde viemos, na linha do tempo e do espaço.  
  Abaixo um extrato de uma enciclopédia sobre o "Marra" que um amigo enviou-me:


sábado, 6 de maio de 2017

Sobrenome Marra

  De acordo com vários genealogistas o sobrenome "Marra" tem sua origem em Nápoles, na Itália, onde ainda é possível encontrar o sobrenome. Há uma possibilidade de, em tempos remotos, ter surgido no noroeste da França, na Normandia. Em alguns textos disponíveis, principalmente na internet, tenta-se associar ou simplesmente afirmar ( sem provas concretas ) que "Marra" é de origem judaica, o que não se comprova. Essa afirmação, de que "Marra" é de origem judaica é inconsistente porque já havia "Marra" na Itália já no século XIII, inclusive alguns exercendo o sacerdócio no século XV, algo difícil de ocorrer se fossem de origem judaica, devido as restrições que os judeus sofriam na Europa. Antigos documentos comprovam que eram cristãos. Tal afirmação de que a origem do sobrenome pode ser judaica, e na verdade não se comprova, pode levar pesquisadores e estudiosos ao erro, justamente porque não há indícios e nem provas que possam corroborar tal "suposta" afirmação.
  Outro erro comum com o sobrenome "Marra" é quando tenta-se explicar o seu significado. Sempre os autores que fazem isso recorrem a dicionários em português e assim conseguem na verdade a explicação em português, quando o sobrenome é italiano e deveriam procurar o significado no contexto da Itália. A palavra "Marra" tem origem no pré latim, podendo significar "despenhadeiro", "montão de pedras" em alguns contextos pode significar "rocha", "penha" e ainda "sacho". Ainda outro erro muito comum é associar o sobrenome "Marra", de origem italiana, com  "marranos", "marran" ou "marrã", expressão de origem espanhola para designar judeus convertidos ao cristianismo na Espanha, observe que na Espanha e não na Itália. Por isso aos pesquisadores e leitores internautas é necessário cautela para não deixarem-se levar por um princípio errado, que poderá resultar em conclusões inverídicas. Percebe-se que há uma corrente que, por não conseguir mudar o passado, tenta dar-lhe outra interpretação, objetivando moldar o passado aos seus interesses. Todavia isso não é história, nem a verdade, é apenas manipulação.
  Numa próxima postagem tratarei da familia Marra no centro oeste de Minas Gerais, que por aqui chegou no século XVIII, antes da onda migratória italiana para o Brasil do século XIX, gerando uma grande descendencia que espalhou-se por varias partes do Brasil.

Fontes:
www.italyheritage.com/genealogy/surnames
www.wikiwand.com
blog.myheritage.com.br
www.origemdosobrenome.com
www.ancestry.com
www.heraldrysinstitute.com
https://oglobo.globo.com/brasil/o-mito-sobre-origem-de-sobrenomes-de-judeus-convertidos